Com data, provavelmente falsa (*), do próprio dia 12 de outubro de 1972, António Joaquim Gomes da Rocha, agente de 2.ª classe da Direcção-Geral de Segurança, assina uma informação em que "descreve" a sua ação:
"Não obstante encontrar-me manietado e, ao sentir-me desfalecer em virtude de uma pancada sofrida na cabeça, consegui, já curvado, ainda com os braços manietados, apoderar-me da arma que me está distribuída colocada junto à barriga, na cintura, e num esforço quase sobre-humano, introduzir uma bala na câmara e fazer alguns disparos para o chão, com o fim de intimidar os agressores o que, de certo modo foi conseguido."
Esta última página da "informação" apresenta outra nota interessante, ao identificar o guarda da Polícia de Segurança Pública n.º 2462/22621 da 30ª Esquadra, 4.ª Divisão, Secção de Informações, "retido pelos estudantes a fim de ser reconhecido".
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(*) Atente-se no espaço de 3 linhas que separa o fim do texto da sua "informação" da respetiva data - o que contraria o procedimento seguido neste tipo de documentos.