Na 6.ª feira, 13 de outubro de 1972, a Cidade Universitária (Lisboa) esteve ocupada pela polícia de choque, que tentou, sem êxito, impedir as manifestações que ali se verificaram na sequência do assassinato, no dia anterior, de Ribeiro Santos.
Mesmo assim, a polícia também não conseguiu impedir o boicote realizado na Faculdade de Letras às provas escritas de cultura geral dos candidadtos maiores de 25 anos. Citando o Diário de Lisboa do dia 14: "Grupos de estudantes penetraram nas salas de exame convidando os candidatos a suspenderem a sua prova, tendo sido poucos os pontos entregues. À tarde, as manifestações prosseguiram, tendo a Polícia permanecido na zona da Cidade Universitária."
A situação então vivida era bem o retrato da absoluta incapacidade do regime: "às provas escritas não será atribuída qualquer pontuação, sendo os candidatos classificados como excluídos, admitidos à prova oral e dispensados."
O mesmo jornal dá conta, aliás, da "normalidade" de idênticas provas que se realizaram em diferentes estabelecimentos de ensino, contabilizando, sem grande precisão, que parte significativa dos inscritos não compareceram aos exame.
Reorganização da Direção-Geral de Segurança (a PIDE mudou de nome para DGS)