Em novembro de 1969, o governo de Marcelo Caetano procedeu a uma operação cosmética de pretensa substituição da PIDE por uma chamada Direção-Geral de Segurança, reforçando, afinal, os seus poderes, mantendo, aliás, nas colónias toda a legislação excepcional aplicável - aí, nem tentou disfarçar.
Quase 3 anos depois, reorganizou essa polícia política, quando já se tornara evidente que se assistia a um acréscimo assinalável da violência policial e da sua impunidade. Com mais esta operação cosmética de pretensa substituição da PIDE, o governo de Marcelo Caetano reforça os poderes da polícia política
Passados 12 dias da publicação desta última legislação, a PIDE/DGS vai assassinar José António Ribeiro Santos, mostrando à evidência qual a natureza dessas alterações cosméticas da anunciada "primavera marcelista": até à queda do regime, a violência da repressão vai aumentar!