1. Fernando Silva Pais, diretor-geral de segurança
Manda levantar o auto de corpo de delito e remete-o ao Governador Militar de Lisboa. Envia documentos para um "inquérito" que estaria em curso pelo Ministério da Educação Nacional. Inquire a Polícia Judiciária sobre um processo em que o assassino de Ribeiro Santos seria o "ofendido";
2. Álvaro Pereira de Carvalho, diretor de serviços da DGS
Assina o documento que estrutura a versão da PIDE/DGS sobre o assassinato de Ribeiro Santos;
3. Alberto Matos Rodrigues, inspetor-adjunto da DGS
Instrutor do auto de corpo de delito organizado pela PIDE/DGS e, nessa qualidade, autor da conclusão remetida ao tribunal militar;
4. Álvaro Dias de Melo, inspetor da DGS
Recebe o telefonema do secretário do ISCEF solicitando a comparência de alguém da DGS para reconhecimento e subsequente identificação do "indivíduo estranho" interpelado pelos estudantes. Designa os agentes que se dirigiram ao ISCEF, que dele receberam instruções;
5. João Batista Cabral da Costa, agente de 1.ª classe da DGS
Chefia a equipa que se dirige ao ISCEF. Afirma que, após os tiros disparados pelo outro pide, foi abordado pelo secretário do ISCEF que afirmou que o colega já estava na rua. Telefonicamente, a partir do gabinete do secretário do ISCEF, deu conhecimento imediato do sucedido aos seus superiores;
6. Joaquim António Gomes da Rocha, agente de 2.ª classe da DGS
Assassinou José António Ribeiro Santos e feriu José Lamego.
NOTA: Na "reconstituição" do crime encenada pela PIDE/DGS no próprio anfiteatro do ISCEF, realizada no dia 22 de outubro de 1972, participou ainda uma vintena de elementos da polícia política.