No 1.º aniversário do assassinato de Ribeiro Santos, multiplicaram-se os comunicados e tarjetas apelando à realização de manifestações (como, por exemplo, as que figuram nos anexos 1, 2 e 3)
Apesar do cerco policial e das tentativas de intervenção de elementos da pide e da legião, os manifestantes conseguiram, a partir das 18.30, percorrer parte da rua do Ouro em direção à Praça da Figueira e Largo de S. Domingos, empunhando bandeiras vermelhas, distribuindo comunicados e gritando "Honra a Ribeiro Santos!" e "Guerra do Povo à Guerra Colonial!".
O enorme dispositivo da polícia de choque agiu com especial violência, tanto mais que perdeu o controlo de várias outras ações de propaganda, como se pode verificar da leitura da notícia do Diário de Lisboa (ver anexo 4) do dia seguinte, onde refere que "as alterações da ordem pública registaram-se, entre outras zonas, na Graça, no troço da Avenida Almirante Reis entre a Praça do Chile e os Anjos, na estação fluvial de Sul e Sueste, no Terreiro do Paço, na Praça de Londres e em Benfica" - a dimensão assim claramente evidenciada das manifestações ocorridas nesse 1.º aniversário do assassinato de Ribeiro Santos pela PIDE/DGS excedem a descrição do próprio jornal "Resistência", jornal central da Resistência Popular Anti-Colonial (RPAC). (ver anexo 5).