O governo português anuncia o abandono da UNESCO, acusando esta organização internacional de pretender atribuir apoio financeiro aos movimentos de libertaçãp das colónias portuguesas para que desenvolvam a educação nas áreas libertadas desses territórios.
Significativamente, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, escolheu o dia "28 de maio" para atacar a UNESCO e anunciar a saída de Portugal.
Trata-se, afinal, de mais uma importante derrota da política colonial do governo de Caetano, que não consegue impedir o óbvio reconhecimento internacional dos movimentos de libertação e, neste caso concreto, do trabalho de educação que asseguram nas áreas libertadas, ou seja, naqueles territórios em que a potência colonial já não consegue manter o controlo.