Apesar da censura, a imprensa consegue dar notícia das manifestações conduzidas pelos estudantes do ISCEF e da repressão policial, que provocou feridos e prisões. Uma particularidade (policial) desta notícia é a indicação das respetivas moradas em cada um dos feridos identificados.
Ao longo de todo o ano de 1972, agudizou-se a luta contra a repressão e afirmou-se, especialmente entre os estudantes e jovens operários da região de Lisboa, uma inequívoca vontade de conduzir em novos termos a luta contra o fascismo e a guerra colonial.
Fartos de abaixo-assinados inconsequentes e de cumplicidades mais ou menos explícitas com a anunciada "primavera" marcelista, assiste-se a uma crescente consciencialização de largas camadas da população, que participam em múltiplos movimentos de radical oposição ao regime.