Nota oficiosa do ministério do Interior sobre a invasão do Instituto Superior Técnico (IST) e do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) pela polícia de choque e encerramento das respectivas Associações de Estudantes, à semelhança do que já acontecera com outras associações.Mais uma vez, foi a própria direção do Instituto Superior Técnico quem pediu a intervenção da polícia "para pôr cobro a actos de indisciplina que terminaram pela ocupação abusiva do próprio gabinete do director. E, como vinha sendo habitual, a Associação de Estudantes do IST foi encerrada.
Já no caso do ISCEF, "a polícia (que entretanto, cercara as instalações) foi provocada e apedrejada pelos estudantes do Instituto amotinados, que se encontravam protegidos dentro do edifício" - e lá foi a polícia entrar na escola e, "dominado o motim", encerrou também a Associação de Estudantes.
Neste caso, a própria PSP alega terem ficado feridos 17 dos seus elementos, ao mesmo tempo que foram feridos e presos dezenas de estudantes.
E o Comando da PSP de Lisboa termina ameaçando usar "da maior energia na repressão", "qualquer que seja o lugar onde se encontrem, o rótulo que ostentem e a classe a que pertençam".
Esta nota oficiosa mostra eloquentemente a situação vivida na Universidade de Lisboa, sendo ministros da Educação Nacional José Veiga Simão e do Interior António Manuel Gonçalves Ferreira Rapazote.