A PIDE/DGS, o 2.º Tribunal Militar Territorial de Lisboa e o Governador Militar de Lisboa encenaram durante um ano um processo em que seria réu o assassino de Ribeiro Santos, o agente de 2.ª classe da DGS, António Joaquim Gomes da Rocha.
Esse processo, iniciado, com data de 12 de outubro de 1972, por uma informação "para os fins convenientes" do diretor de serviços da PIDE/DGS, Álvaro Pereira de Carvalho, será arquivado em 25 de outubro de 1973 por despacho do governador militar de Lisboa, general Edmundo da Luz Cunha.
Desde o primeiro momento, a falsificação dos dados factuais e os embustes caracterizaram toda a intervenção daquelas entidades, tentando desesperadamente ocultar as condições em que Ribeiro Santos foi assassinado e, pelo contrário, efetuando diligências que visavam desvirtuar a realidade e intimidar as testemunhas, insinuando mesmo que as vítimas seriam, afinal, os responsáveis.