Documentos

O assassinato de José António Ribeiro Santos, em 12 de outubro de 1972, está documentado na imprensa e em panfletos clandestinos e, mais tarde, através de numerosas referências vindas a lume após 25 de abril de 1974. Pretende-se aqui dar a conhecer muitos desses documentos e acontecimentos, agregando informação que ajude a entender e contextualizar quem foi e o que representa hoje Ribeiro Santos.
Quem possua novos documentos e informações que possam ser úteis, basta enviar mensagem para o contacto que figura em rodapé de cada página.

Artigos

Ensino ... esquecido
O ensino ignora o exemplo que Ribeiro Santos deveria representar para os jovens de hoje, pela sua dedicação à luta pela Liberdade.
50.º aniversário
Na entrada para o Miradouro do Monte Agudo, em Arroios, foi assinalado o 50.º aniversário do assassinato a tiro pela PIDE/DGS de José António Ribeiro Santos.

nesse tempo

"Informação" PIDE/DGS
Um agente da PIDE/DGS assina uma "informação" visando Ribeiro Santos e José Lamego, após o assassinato do primeiro e o ferimento do segundo, ambos às mãos da polícia política.
Coincidências
A 13-01-1973, a PIDE/DGS enviou para o Governador Militar de Lisboa o processo sobre o assassinato de Ribeiro Santos. E, no mesmo dia, o governo demitiu 12 funcionários públicos acusados de participarem na Vigília pela Paz na Capela do Rato.
Amílcar Cabral assassinado em Conacri
Amílcar Cabral, Secretário-geral do PAIGC, foi assassinado em Conacri, República da Guiné.
Garantia administrativa
Pedro Cabrita, o advogado do pide que matou Ribeiro Santos, vem ao processo do TMT, suscitar a questão da "garantia administrativa".
Mensagem à FEML
O Luta Popular clandestino n.º 9, de janeiro/fevereiro de 1973 publicou uma mensagem do Comité Lenine à FEML a propósito do assassinato de Ribeiro Santos.
Notificação
Em 17 de abril de 1973, o pai de Ribeiro Santos, Dr. Vasco Artur Ribeiro dos Santos, foi notificado pelo 2.º Tribunal Militar Territorial de Lisboa em termos bem elucidativos.
Apoiemos os estudantes presos!
Comunicado "Apoiemos activamente os estudantes presos! Divulguemos os crimes da burguesia colonial-fascista", subscrito pelo movimento "Ousar Lutar Ousar Vencer".
Testemunhas
Apesar da dificuldade em aceder ao conhecimento do processo, o advogado Joaquim Mestre indica 11 nomes de pessoas que "testemunharam os factos de que foi vítima o filho do requerente".

Temas

Ordenados 5 inquéritos e processos
A fúria desesperada do regime perante a reação popular ao assassinato de Ribeiro Santos ficou bem patente na repressão que se abateu sobre os protestos que surgiram de muitos lados. Sendo uma típica ditadura burocratizada, foi também através de papéis e processos que o regime se tentou defender e, ao mesmo tempo, atacar quem se lhe opunha.
UM "bufo" mandado
O guarda da PSP, Victor Lopes Manuel, estava no interior do ISCEF, "com o fim de assistir a um "meeting" de estudantes, no qual se suspeitava que fossem tratados assuntos organizativos de subversão."
Pides
Principais pides envolvidos no "processo" organizado pela polícia política e pelo Governo Militar de Lisboa/2.º Tribunal Militar Territorial de Lisboa
Onde pára o processo da Polícia Judiciária?
Logo após o assassinato de Ribeiro Santos, a Polícia Judiciária instaurou o processo n.º 1515/73 - 4.ª Secção, figurando como denunciantes a DGS e os agentes da mesma, Cabral da Costa e Gomes da Rocha e, como arguido, José Alberto Reis Lamego. Onde pára esse processo?
O dia 12 de outubro de 1972
O que se passou no dia em que foi assassinado José António Ribeiro Santos
Presidente da Associação de Estudantes do ISCEF
O Presidente da Associação de Estudantes do ISCEF declarou na PIDE/DGS que só mais tarde teve conhecimento de que teria havido dois feridos e no dia seguinte é que um deles tinha morrido.