O fim do regime começa com o Ribeiro Santos.
Não foi a gota de água, foi uma gota de sangue.
João Isidro, jornalista, 1997
No dia 12 de outubro de 1972, num anfiteatro pré-fabricado do ISCEF (atual ISEG) para onde estava convocado um meeting contra a repressão, agentes da PIDE/DGS assassinaram o jovem estudante José António Ribeiro Santos.
Passados 50 anos, queremos assinalar o seu heroísmo, que despertou a juventude estudantil e foi uma lição que de imediato alastrou aos mais diferentes setores da sociedade portuguesa e que não podemos esquecer.
Ribeiro Santos era um estudante de vanguarda, militante ativo da recém-criada FEML (Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas), organização do MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado), que se destacara pela participação empenhada nas lutas estudantis e políticas, em particular contra a guerra colonial, que marcaram a fase final do regime fascista.